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Entrevista - Isabelle Valois

Em entrevista exclusiva, a Engenheira Civil Isabelle Valois conta um pouco da sua trajetória profissional inspiradora e da sua entrada na CBIC Jovem.

- Conte um pouco sobre você, onde nasceu, formação, o que te motivou a seguir carreira na construção civil.

Eu nasci e cresci em Goiânia, tive oportunidade de fazer cursos e morar em alguns países, tais como: Suíça, Malta e Estados Unidos. Meus pais são engenheiros e desde pequena meu pai buscou me introduzir na profissão, me lembro de quando era criança e ia com ele visitar as obras, terrenos, e brincar no escritório. Tenho um perfil racional e lógico, então escolher engenharia civil foi muito natural para mim, na verdade, nunca pensei em outra profissão. Concluí engenharia civil na PUC – GO em 2020.

- Você se lembra de algum desafio marcante que enfrentou no início da sua trajetória? Como superou?

Nasci com um desafio, ou melhor, um sobrenome. E, não qualquer um (risos). Meu pai foi um profissional importante para o setor, que trouxe grandes contribuições, foi presidente do SINDUSCON – GO e esteve sempre à frente junto às entidades para trazer inovações na construção civil. Um exemplo é o Minha Casa Minha Vida, essa ideia foi trazida por ele em uma visita que fez ao Chile.

E eu sempre quis ser reconhecida por mim e pelo meu trabalho, não por um sobrenome. Por isso, um marco importante no início da minha carreira foi optar por trabalhar em outra empresa, sem ser a do meu pai (Dinâmica Incorporadora) e enfrentar o mercado com todos os desafios.

Na CBIC jovem não foi diferente, teria acesso fácil com apenas uma ligação, mas o jeito fácil não é muito a maneira como lido com as coisas na minha vida, então em segredo, me inscrevi para participar da CBIC e passei no processo seletivo.

- Quem te apresentou ao projeto e como foi o processo para se tornar membra?

Meu pai sempre participou dos encontros e esteve muito envolvido com a entidade. Recentemente tive vontade de colaborar e estar envolvida em debates, construções e movimentos em âmbito nacional, e quando vi no Instagram o recrutamento, não pensei duas vezes e me inscrevi.

Entrei no link, segui as instruções, fiz vídeos e participei de reuniões online para a seleção dos candidatos, três pessoas do Centro Oeste foram selecionadas e apenas uma de Goiânia, o que me deixou extremamente feliz e realizada.

- Qual o sentimento de estar ao lado de outras jovens lideranças da construção civil nacional?

Fui aprovada no processo seletivo para compor a CBIC Jovem, iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, que reúne lideranças jovens para discutir os principais movimentos do setor a nível nacional.

É um espaço estratégico em que estarei envolvida nas principais articulações do setor da construção e do mercado imobiliário. Junto ao governo, agentes financeiros e outras entidades

Mais do que representatividade, é uma oportunidade de contribuir com a empresa, com o setor e com o desenvolvimento do mercado de forma estruturada.

- Já está participando de algum projeto, missão ou iniciativa dentro da CBIC Jovem?

Não, mas tenho interesse em participar da CII (Comissão da Indústria Imobiliária) e poder contribuir com o mercado pujante de Goiânia.

- E o que você acredita que precisa ser feito para atrair mais jovens para o setor?

A nova geração vem sempre com muita sede, vontade de inovar, fazer acontecer e transformar a indústria. Isso é saudável, desde que amparada pelo histórico e embasada por estudos técnicos e financeiros. Penso muito na frase de Marshall Goldsmith “o que lhe trouxe até aqui não vai levá-lo mais adiante”, o que significa isso? No mundo globalizado que vivemos onde as coisas mudam o tempo todo, precisamos nos atualizar a todo momento, se não, ficaremos ultrapassados. Minha missão na CBIC Jovem é contribuir com mudanças significativas no setor, principalmente no que tange a industrialização e modernização da construção civil.

Hoje as pessoas estão muito conectadas, então penso que para atrair mais jovens para o setor é necessário utilizar muito marketing digital, inspirando a juventude e mostrando a relevância do setor para com a população.

- Você já tem alguma meta clara para os próximos anos?

Meu sonho é contribuir com ações relevantes para o setor, como meu pai fez no MCMV. Estar na CBIC jovem é o primeiro passo para esse sonho. A formação “jovem” possui duração de 2 anos, nesse tempo, espero integrar a CII e posteriormente, a CBIC.

- Uma mensagem que gostaria de deixar para outros jovens que estão começando agora na construção civil.

A nossa geração é movida por propósito, a atuação dentro da indústria da construção é ampla e permite que você com sua aptidão, seus talentos e esforço ganhe protagonismo e impacte positivamente não só um grupo de pessoas ou uma cidade, mas uma nação inteira. Faça parte e mude vidas.

ARTIGO - Marketing, Branding e Performance: os pilares de um lançamento imobiliário bem-sucedido

Por Marcella Blohem*

Lançamentos imobiliários vão muito além da simples inserção de novos empreendimentos no mercado. Para o setor da construção civil, cada lançamento representa uma intervenção no meio urbano e na vida das pessoas. A criação de novos espaços, comportamentos e possibilidades movimenta a sociedade e gera tendências que impactam o nosso modo de viver.

Por isso, é fundamental que as empresas do setor compreendam esse efeito e criem estratégias consistentes. Mais do que vender unidades, trata-se de contar histórias que conectam propósito, valor e identidade.

Para incorporadoras, construtoras e loteadores, isso exige uma virada de chave: o lançamento precisa comunicar não só o produto, mas também a essência da empresa por trás dele. Em um mercado cada vez mais competitivo e saturado de estímulos, a relevância deixou de ser um diferencial — passou a ser uma condição básica para sobreviver.

Entretanto, antes de tudo, o principal elemento para um lançamento imobiliário bem-sucedido é a compreensão que ele começa muito antes da criação e da performance. Começa no planejamento da empresa e do produto. É de suma importância olhar para o branding com profundidade, entender o público-alvo e estruturar processos que sustentem o marketing de forma contínua, da captação ao pós-venda.

Isso envolve desde a implementação de BI, CRM e ferramentas de inbound, até a definição clara de posicionamento e planejamento estratégico. Não basta ser bom em criar campanhas: é preciso saber de onde elas partem e por que existem. Muitas vezes, o erro está em pular etapas essenciais e partir direto para a criação, sem um alicerce sólido que conecte marca, produto e resultado.

Até porque, muitas vezes, o cliente escolhe não apenas o produto, mas a marca por trás dele. Sendo assim, a decisão de compra pode estar muito mais ligada à confiança, identificação e valor percebido do empreendimento.

 Hoje, os tradicionais 4 Ps do marketing — produto, preço, praça e promoção — não são mais suficientes. Em um ambiente em que os produtos muitas vezes se comportam como commodities, a diferenciação acontece na narrativa. A pergunta que se impõe é: que história estamos contando? E, principalmente: essa história faz sentido para o público que queremos atingir?

Nesse contexto, o branding assume um papel central. Ele é responsável por alinhar propósito, identidade e percepção. É ele quem constrói o reconhecimento da marca no setor, gera valor duradouro e estabelece conexão emocional com o público. Por isso, é tão importante o entendimento de quem você é como marca, qual é o seu propósito e como você comunica isso ao mercado.

 O branding bem aplicado valoriza o produto, destaca o empreendimento em meio à concorrência e cria senso de pertencimento — elementos fundamentais para a performance comercial. A comunicação, por sua vez, deve ser precisa. Saber o que dizer e para quem dizer pode transformar a estratégia de marketing digital e impulsionar resultados. Afinal, quando a mensagem certa chega ao público certo, no momento certo, o efeito é muito mais potente.

 Em tempos de excesso de informação e pouca atenção, contar histórias autênticas é a chave para construir marcas relevantes. É esse valor intangível — e, ao mesmo tempo, tão concreto — que posiciona, diferencia e sustenta um lançamento de sucesso no mercado imobiliário.

*Graduada em Publicidade e Propagando pela ESAMC, Pós Graduada em Marketing Digital e Especialista Business Intelligence pela ESPM/SP. Profissional com mais de 15 anos de experiência em marketing estratégico focado no setor imobiliário, com trajetória marcada na gestão de grandes contas e projetos de alto impacto em todo Brasil. Diretora de Marketing da Squad Realty. Sócia e Diretora de Marketing na SQUAD Realty.

INOVAÇÃO - Desenvolvimento sustentável e preservação do meio ambiente

No mês em que comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6), destacamos algumas práticas e soluções sustentáveis adotadas por construtoras goianas.

Energia limpa - CMO Construtora

A geração de energia limpa com usina de placas fotovoltaicas abastece todos os canteiros de obra, stands de vendas e a sede administrativa da CMO Construtora. Para a implantação, a organização fez um estudo de viabilidade para atender o potencial de geração de energia dos canteiros de obra e com base na demanda definiu o local para instalação da usina, a quantidade de painéis solares, inversores e outros componentes. Foi selecionada uma empresa qualificada e por fim realizada a instalação física do sistema.

Pensando em sustentabilidade ambiental, é uma fonte de energia limpa, que reduz a emissão de gases de efeito estufa e diminui a dependência de combustíveis fósseis, levando ainda em consideração a economia com o gasto de energia elétrica após a instalação das placas fotovoltaicas, os custos operacionais são baixos.

A CMO Construtora utiliza energia solar desde dezembro de 2020. Na estratégia da organização, a prática está inserida no item inovação que compõe um dos principais valores da empresa. É visão da empresa o acompanhamento das evoluções tecnológicas, atuando ativamente no cuidado com o meio ambiente pensando na conservação dos recursos naturais.

Hoje são três usinas instaladas, que geram 100% da energia consumida e ainda um excedente de 10%.

Monitoramento e gestão de resíduos em canteiros de obras - Vega Incorporações

A Vega Incorporações, buscando aprimorar a gestão de resíduos gerados na construção civil nos seus canteiros de obra assegurando a correta segregação e destinação, desde agosto de 2022, mensalmente, realiza auditorias ambientais nos canteiros de obras, verificando o cumprimento das normas legais e procedimentos internos da empresa.

 Essas auditorias são conduzidas por empresas especializadas em gestão ambiental, garantindo uma avaliação imparcial e profissional da situação atual de cada obra. O monitoramento detalhado permite identificar áreas de melhoria contínua e assegurar que todas as obras mantenham um padrão elevado de gestão ambiental.

 Além de promover o cumprimento dos requisitos ambientais, essa prática visa contribuir para a preservação ambiental, alinhada aos princípios de sustentabilidade e conformidade normativa. A prática é mensurada por meio de indicadores específicos, que formam uma nota final para cada obra, com base nos seguintes critérios:

  • Organização e Limpeza – 20%
  • Segregação na Fonte de Geração de Resíduos – 20%
  • Educação Ambiental – 10%
  • Acondicionamento Interno de Resíduos – 20%
  • Destinação de Resíduos - Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR) – 20%
  • Documentação Ambiental – 10%

Esses critérios compõem uma avaliação final, expressa em uma nota de 1 a 5, indicando a situação da gestão ambiental da obra:

  • 0 a 2,0 – Péssimo
  • 2,1 a 3,5 – Ruim
  • 3,6 a 4,1 – Regular
  • 4,2 a 4,6 – Bom
  • 4,7 a 5,0 – Ótimo

As auditorias mensais geram insights valiosos que permitem a adoção de boas práticas e a atualização contínua com as melhores abordagens de mercado. Como resultado, as obras têm alcançado notas satisfatórias e permanecem em conformidade com as normas ambientais, consolidando a eficiência e a sustentabilidade na gestão de resíduos. Durante todo o ano de 2024, as obras obtiveram nota maior que 4,4, o que reflete o sucesso da implementação desse programa.

A gestão de resíduos está inserida nos valores e planejamento da organização, reforçando nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável, a preservação do meio ambiente e o atendimento às exigências de legais, valores que estão inseridos na política de qualidade da empresa com relação a meio ambiente e sustentabilidade, que fomenta a cultura de responsabilidade ambiental entre os colaboradores, que são constantemente incentivados a aderir às boas práticas de segregação e acondicionamento de resíduos.

Gestão ambiental nos canteiros de obras - Sousa Andrade Construtora

 A gestão ambiental nos canteiros de obra da Sousa Andrade Construtora objetiva minimizar o impacto das atividades de construção no meio ambiente, promovendo práticas ambientais sustentáveis e em conformidade com a legislação ambiental. A construtora possui a certificação ISO 14001 e Empresa B desde 2022 e conta com uma equipe de 6 colaboradores responsáveis pela execução das diversas atividades do sistema.

As certificações demonstram o comprometimento da empresa em reduzir os impactos ambientais de suas atividades, melhorar o uso de recursos naturais e cumprir a legislação ambiental vigente. Além disso, promove uma cultura de sustentabilidade dentro da organização, melhora a eficiência operacional e contribui para uma imagem positiva no mercado, atendendo também às expectativas de clientes, parceiros e da sociedade em geral na relação com a responsabilidade ambiental.

As certificações são parte do planejamento estratégico e têm por base as seguintes premissas:

  • Reduzir a geração de resíduos e promover a reciclagem e o reaproveitamento de materiais sempre que possível;
  • Controlar a poluição do solo, da água e do ar, evitando o descarte inadequado de resíduos;
  • Preservar recursos naturais, otimizando o uso de água em nosso processo construtivo;
  • Proteger a flora e a fauna ao redor dos locais de trabalho, mitigando os efeitos de nossas atividades ao meio ambiente e a comunidade vizinha;
  • Envolver os trabalhadores na conscientização e na prática de preservação do meio ambiente não somente dentro de nossos canteiros de obras, mas também em suas casas.

Entre as diversas práticas ambientais para reduzir os impactos ambientais e promover a sustentabilidade estão:

  • Gestão de resíduos: separação e destinação correta dos resíduos gerados, como entulhos, plásticos, metais, madeira e papéis, priorizando a reciclagem e o reuso para empresas devidamente licenciadas;
  • Redução do consumo de copos descartáveis nos canteiros de obras, fornecendo copos para cada trabalhador;
  • Hortas comunitárias nos canteiros de obras;
  • Realização de lavagem periódica das vias diretamente impactadas pelas atividades;
  • Emissão de MTR de todos os resíduos que saem dos canteiros de obras;
  • Instalação de sinalização nos canteiros de obras e lixeiras para promover a conscientização e orientar as práticas de gestão ambiental e coleta seletiva;
  • Almoxarifado de produtos químicos devidamente sinalizados, com Fichas de Dados de Segurança (FDS) e Kit de Emergência Ambiental posicionados em local de fácil acesso;
  • Sistema Lava Pincéis, com tratamento da água resultante da lavagem de pincéis utilizados na pintura. Após o tratamento, essa água é reutilizada no canteiro para umectação de vias, enquanto a água raz é direcionada para a baía de armazenamento de produtos perigosos;
  • Sistema de Tratamento de Efluentes provenientes da lavagem da betoneira e dos caminhões betoneiras;
  • Controle de Licenças Ambientais de empresas que recolhem os resíduos nos canteiros de obras através do sistema GEC – Gestão de Empresas Contratadas;
  • Controle de atendimento a legislação ambiental através do Sistema Âmbito. Implementar a Gestão Ambiental nos canteiros de obras da Sousa Andrade Construtora, manter a certificação da ISO 14001 e Empresa B garante que as operações e processos estejam alinhados às melhores práticas de gestão ambiental, além de contribui para o desenvolvimento sustentável e benefícios para a comunidade vizinha, aumentando assim sua competividade no mercado como um todo. Além de valorizar a imagem da empresa, reduzir custos e principalmente preservar o meio ambiente.
  • Realização periódica de simulados de emergência para derramamento de produtos químicos nos canteiros de obras;
  • Realização de monitoramentos mensais nos canteiros de obras para avaliar o nível de comprometimento com o sistema de gestão ambiental, com a meta de que cada obra alcance uma média de satisfação superior a 95%;
  • Sistema de Tratamento de Efluentes provenientes da lavagem da betoneira e dos caminhões betoneiras;
  • Controle de Licenças Ambientais de empresas que recolhem os resíduos nos canteiros de obras através do sistema GEC – Gestão de Empresas Contratadas;
  • Controle de atendimento a legislação ambiental através do Sistema Âmbito. Implementar a Gestão Ambiental nos canteiros de obras da Sousa Andrade Construtora, manter a certificação da ISO 14001 e Empresa B garante que as operações e processos estejam alinhados às melhores práticas de gestão ambiental, além de contribui para o desenvolvimento sustentável e benefícios para a comunidade vizinha, aumentando assim sua competividade no mercado como um todo. Além de valorizar a imagem da empresa, reduzir custos e principalmente preservar o meio ambiente.

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - Clima seco e o impacto nas obras em Goiás

Entre os meses de junho e agosto, a estiagem se intensifica, trazendo consequências diretas tanto para o andamento das obras quanto para a saúde dos profissionais que atuam nos canteiros.  A mudança no clima é tão intensa que em junho de 2024, Goiânia registrou o dia mais seco do país, com umidade relativa do ar em apenas 18%, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um mínimo de 60%.

Em Goiás há duas estações bem definidas. A seca se intensifica em junho, julho e agosto, com noites frias e dias muito quentes. A baixa umidade relativa do ar, que pode atingir níveis críticos neste período, representa um dos principais desafios para a gestão de obras e a saúde ocupacional do segmento da construção. Este cenário climático exige adaptações técnicas nos processos construtivos e cuidados específicos com os trabalhadores.

A Coordenadora de Saúde do Seconci Goiás, Dra. Patrícia Montalvo, explica que a desidratação é uma das principais preocupações, pois o calor e o ar seco aumentam significativamente a perda de líquidos do corpo. Segundo ela, “os baixos índices de umidade relativa do ar e a concentração de poeira no ambiente, contribuem para o surgimento ou agravamento de doenças respiratórias alérgicas, além de comprometer a defesa imunológica, estimulando a propagação de doenças respiratórias virais.” Ela também alerta para a irritação nos olhos e o ressecamento da pele, causados tanto pelo tempo seco quanto pela poeira, o que afeta diretamente o bem-estar e a produtividade dos trabalhadores. “O calor excessivo e a desidratação provocam cansaço extremo e comprometem o desempenho físico e cognitivo, aumentando o risco de acidentes, uma vez que reduzem a atenção e a capacidade de resposta durante as atividades no canteiro de obras.”

Para garantir a saúde dos trabalhadores é essencial adotar medidas que promovam um ambiente seguro e consciente. A Dra. Patrícia destaca a importância de ações preventivas no canteiro de obras, “conscientizar os colaboradores sobre a hidratação constante e priorizá-la com fácil acesso a água potável e pausas regulares, atendendo ao disposto na Norma Regulamentadora (NR)18. Para cada 25 funcionários deve haver um bebedouro com água filtrada e fresca. Para utilizá-lo o colaborador deve se deslocar menos de cem metros na horizontal e 15 na vertical. Se a água for servida em recipiente, ele deve ser portátil e herméticos sendo proibido o uso de copo coletivo. É importante também, a conscientização sobre o uso do protetor solar, além da importância de treinamentos sobre os cuidados com a saúde no clima seco”. A médica ainda recomenda a pulverização de água nos ambientes de trabalho para conter a poeira e o acompanhamento contínuo da saúde dos trabalhadores por meio de avaliações médicas.

A baixa umidade pode impactar também, materiais de construção e estruturas dentro dos canteiros de obras. Juliano Lacerda, coordenador de Segurança do Trabalho do Seconci Goiás, explica como se planejar e reduzir perdas de materiais dentro das construções. “O clima seco afeta diretamente o comportamento dos materiais de construção, exigindo cuidados técnicos específicos, como por exemplo: armazenamento de aglomerantes; na cura do concreto utilizar agentes de cura química ou mantas geotêxteis saturadas, mantendo a superfície úmida por pelo menos 7 dias para evitar fissuras por retração. acondicionar materiais e derivados corretamente. Madeiras e MDF podem empenar e selantes, tintas e massas podem perder a viscosidade”.

Nesta época de estiagem também é importante falar sobre o uso consciente da água nos canteiros. Juliano Lacerda dá dicas: “Implementar sistemas de tratamento simplificado para reaproveitamento da água utilizada em lavatórios e chuveiros, direcionando-a para atividades como compactação de solo e limpeza de áreas comuns; Utilizar tecnologias de baixo consumo como torneiras com temporizadores ou sensores; Monitorar o consumo de água para identificar consumos anormais e vazamentos, estabelecendo metas de consumo por etapa construtiva; Capacitar os trabalhadores sobre práticas de economia e lavagem otimizada de ferramentas; Intensificar a segregação e o reaproveitamento de resíduos, evitando o acúmulo de materiais que possam se tornar combustíveis em caso de incêndios, mais comuns no período seco.”

EFICIÊNCIA EM PROJETOS - Como reduzir custos e prazos sem perder qualidade

Em um mercado cada vez mais competitivo, onde prazos apertados e orçamentos enxutos são a realidade da maioria dos empreendimentos, a eficiência no desenvolvimento de projetos se tornou um diferencial estratégico para o sucesso das incorporações imobiliárias. Segundo a engenheira civil, consultora e especialista em desenvolvimento de produtos, Lyvia Mendonça Queiroz, decisões tomadas ainda na fase inicial da concepção de um projeto podem significar economia de tempo, dinheiro e até evitar problemas jurídicos durante a execução da obra.

O projeto como pilar da rentabilidade

Um projeto bem elaborado é muito mais do que um conjunto de plantas técnicas. “Ele é o coração da incorporação”, afirma Lyvia. De acordo com ela, projetos detalhados e compatibilizados entre todas as disciplinas (arquitetura, estrutura, instalações, entre outras) durante a elaboração do projeto legal, previne surpresas na elaboração do projeto executivo e reduzem significativamente o retrabalho na obra, um dos principais vilões dos custos e atrasos. 

Erros que parecem pequenos no papel, podem gerar paralisações, gastos extras com correções, desconfortos com os clientes e, pior, comprometer a qualidade final do produto.

Além da parte técnica, a definição clara dos diferenciais do empreendimento é um componente estratégico essencial no desenvolvimento do projeto. Identificar desde o início os atributos que irão destacar o produto no mercado orienta todas as decisões de projeto e comunicação. Esses diferenciais são o que agregam valor percebido ao imóvel, fortalecem o posicionamento da incorporadora e podem influenciar diretamente no sucesso comercial e na rentabilidade da operação.

Decisões que fazem a diferença

Segundo a especialista, escolhas aparentemente simples na fase de projeto têm um impacto direto em toda a cadeia produtiva. “Desde o tipo de estrutura até o dimensionamento correto de áreas comuns e técnicas, tudo interfere no custo da obra e no valor percebido pelo cliente”, explica. 

Além disso, a antecipação de soluções evita improvisações que elevam os custos na reta final do empreendimento.

Tecnologia como aliada da eficiência

Ferramentas como o BIM vêm ganhando espaço justamente por permitir a integração entre as diversas etapas e profissionais envolvidos no projeto. Com elas, é possível simular a construção virtualmente, identificar conflitos, calcular quantitativos com mais precisão e, assim, planejar melhor a execução.

“Não se trata apenas de adotar um software, mas de mudar a cultura da empresa para trabalhar de forma mais colaborativa e estratégica”, ressalta Lyvia.

O uso de tour virtual de decorado e imagens 3D tem transformado a forma como os empreendimentos imobiliários são apresentados e comercializados. Essas tecnologias permitem que clientes e corretores tenham uma experiência imersiva e realista do imóvel antes mesmo da construção, explorando ambientes, acabamentos e layouts com detalhes precisos. Isso facilita a compreensão do projeto, gera maior confiança na compra e acelera o processo decisório. Além disso, a visualização tridimensional torna possível destacar diferenciais e personalizações, proporcionando um forte apelo comercial que contribui para o sucesso das vendas, especialmente em empreendimentos lançados na planta.

Custo inteligente: cortar o desperdício, não a qualidade

Reduzir custos sem comprometer a qualidade não significa usar materiais inferiores ou eliminar etapas essenciais, mas sim evitar o desperdício de recursos – sejam eles financeiros, humanos ou de tempo.
Para isso, boas práticas como a compatibilização de projetos, revisão criteriosa de detalhes técnicos, e envolvimento multidisciplinar desde a concepção são fundamentais. “Projetar bem é, antes de tudo, planejar com inteligência”, conclui a consultora.

Investir em cursos, consultorias especializadas e métodos que auxiliem na racionalização do projeto desde as etapas iniciais é uma estratégia inteligente e econômica. Embora possa representar um custo inicial, essa abordagem proporciona um ganho muito mais expressivo no resultado, reduzindo retrabalhos, otimizando recursos e garantindo maior eficiência ao longo de toda a obra.

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