O Sinduscon Goiás, representado por seu presidente Hidebrair de Freitas, marcou presença na solenidade de abertura da campanha “Goiânia Art Déco – 100 Anos”, realizada na noite da última segunda-feira (28), na Antiga Estação Ferroviária da capital. O evento reuniu autoridades como o governador Ronaldo Caiado e o prefeito Sandro Mabel, além de representantes da sociedade civil, artistas e profissionais do setor.

A campanha celebra um dos estilos arquitetônicos mais emblemáticos do século XX, que ajudou a moldar a identidade visual e urbana de Goiânia. Com um dos maiores acervos de Art Déco do mundo, a capital goiana foi planejada e construída sob forte influência desse movimento artístico, sendo hoje reconhecida nacionalmente e protegida pelo IPHAN.

Para o Sinduscon-GO, a preservação e revitalização do patrimônio arquitetônico são fundamentais para a valorização da história, o fortalecimento do turismo e o estímulo à economia local, especialmente nas áreas de construção, habitação e urbanismo. O projeto apresentado pelo poder público, que prevê exposições, palestras e a requalificação do Centro da cidade, dialoga diretamente com a missão do sindicato de promover o desenvolvimento urbano sustentável e o aprimoramento técnico da construção civil.

“A campanha traz uma oportunidade de unir passado e futuro. Revitalizar o Centro de Goiânia é também pensar em soluções modernas de habitação, mobilidade e infraestrutura, e isso envolve diretamente o setor da construção”, afirmou o presidente Hidebrair de Freitas.

O Sinduscon-GO reafirma seu apoio às iniciativas que valorizem a arquitetura histórica, promovam o uso responsável do espaço urbano e contribuam para uma cidade mais inclusiva, viva e conectada com sua essência cultural.

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Na última quinta-feira (03/04), o desenvolvimento da construção civil pautado na sustentabilidade ganhou reforço com o lançamento do 2º Ciclo de Ações (Triênio 2025-2027) do Projeto Living Lab C, primeiro hub de inovação aberta do Centro-Oeste que visa ao avanço técnico e de gestão do setor por meio de uma abordagem sistemática, colaborativa e multidisciplinar. O evento ocorreu no auditório do Sinduscon-GO e possibilitou um momento de aprendizado, debate e networking entre os presentes.

Com a promoção da Universidade Federal de Goiás (UFG), patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) e do SEBRAE-GO, e apoio institucional da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO) e do Programa Comunidade da Construção Polo Goiano, o encontro reuniu representantes da cadeia produtiva da indústria da construção, de universidades e instituições de ensino, de entidades, conselhos e associações, e do poder público em nível estadual e municipal.

A coordenadora do Living Lab C e pró-reitora de Pesquisa e Inovação da UFG, Helena Carasek, conduziu o evento e apresentou as atividades desenvolvidas pelo laboratório. Na oportunidade, a diretora do Centro de Empreendedorismo e Incubação da UFG (CEI/UFG), Cleonice Borges, esclareceu a dinâmica do Construct Ideathon – 2º Desafio Nacional Living Lab C.

O Ideathon é uma maratona com o intuito de desenvolver ideias para resolver problemas específicos, estimulando a criatividade e o trabalho em equipe, e o Construct Ideathon – 2º Desafio Nacional Living Lab C, que será lançado em breve, tem o objetivo de estimular a proposição e o desenvolvimento de soluções com caráter original, criativo, inovador, sustentável e empreendedor, que tragam melhorias significativas para a indústria da construção civil.

Além disso, a especialista ESG e diretora da Abissal Capitalismo Saudável, Camila Storti, fez uma apresentação sobre o projeto “Programa de Fortalecimento de Capacidades em Construções Sustentáveis", que é desenvolvido pela Corporação Financeira Internacional (IFC, sigla em inglês), do Banco Mundial.

O evento contou com a participação na mesa diretiva do vice-reitor da UFG, Jesiel Freitas Carvalho, representando a reitora Angelita Pereira de Lima; da pró-reitora de Pesquisa da UFG, Helena Carasek; do diretor científico e de Inovação da FAPEG, Cláudio Rodrigues Leles, representando o presidente da Fundação, Marcos Fernando Arriel; do presidente do Sinduscon-GO, Hidebrair Henrique de Freitas; e do coordenador técnico da Comunidade da Construção Polo Goiano, Oswaldo Cascudo.

Também estavam presentes o vereador de Goiânia, Edward Madureira Brasil, e o secretário municipal de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços (SEDICAS), Diogo Luiz Franco de Freitas. Outros representantes de instituições e organizações participaram do encontro, como:

• Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI)
• HUB Goiás
• Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD)
• Secretaria Municipal de Inovação e Transformação Digital (SIT)
• Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo Estratégico (SEPLAN)
• Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia (AMMA)
• Agência de Regulação de Goiânia (AR)
• Câmara da Indústria da Construção (CIC) da FIEG
• Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-GO)
• Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO)
• Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias do Estado de Goiás (Secovi Goiás)
• Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Goiás (IBAPE-GO)
• SENAI-GO
• SEBRAE-GO
• Fundação de Desenvolvimento de Tecnópolis (FUNTEC)
• Instituto Federal de Goiás (IFG)

Texto:
Renata Akutsu
Daniela Castro
Adriana Costa

A construção civil enfrenta um desafio crucial: a escassez de mão de obra qualificada. Em Goiás, o setor busca soluções inovadoras para preencher essa lacuna, com iniciativas que vão além da simples contratação.

Com um saldo positivo de 968 empregos formais em janeiro de 2025, o setor demonstra resiliência, mas ainda luta contra a alta rotatividade, informalidade e defasagem na capacitação profissional. Sindicato e empresas se unem para transformar esse cenário, oferecendo cursos gratuitos, parcerias estratégicas e um banco de empregos que promete revolucionar a contratação no setor.

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O agronegócio tem sido um dos grandes motores do crescimento econômico de Goiás, impulsionando diversas áreas, incluindo a construção civil. Para entender melhor as transformações do setor e suas implicações para o mercado da construção, o Sinduscon-GO conversou com Vinicius Montrezol Honório, engenheiro civil formado pela UFG, especialista em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral e sócio-fundador da TOP Construtora e Incorporadora, empresa que há 11 anos atua no mercado, diretor do Sinduscon-GO e tem uma trajetória de 18 anos na construção e incorporação.

Na entrevista, ele compartilha sua opinião sobre o impacto do crescimento do agronegócio goiano na construção civil, as demandas por infraestrutura logística, as principais tendências tecnológicas e as expectativas para o futuro do setor. 

Nos últimos anos, quais foram as principais transformações no agronegócio em Goiás que impactaram diretamente o setor de construção civil?

O agronegócio, de modo geral, tem registrado um crescimento significativo, impulsionado principalmente pela alta produtividade do setor. Nesse contexto, as localidades com maior participação do agronegócio no PIB têm recebido atenção crescente e experimentado um fluxo migratório intenso, o que gera uma demanda habitacional que atua como um dos principais motores para o desenvolvimento da construção civil. Entre 2016 e 2024, o Valor Bruto de Produção (VBP) de Goiás registrou um aumento de 56%, passando de R$ 76,5 bilhões para R$ 119,4 bilhões. Esse crescimento é atribuído à expansão da produção, ao aumento da produtividade e à adoção de novas tecnologias, consolidando o estado como um dos maiores polos produtivos do país. Com o crescimento do agronegócio, existe a necessidade de novos armazéns, silos, estradas, terminais logísticos, dentre outros. Isso amplia os investimentos em obras de grande porte, movimentando empresas da construção civil. Além disso, a prosperidade do agronegócio atrai novos negócios, trabalhadores e investidores, aquecendo o mercado imobiliário em cidades próximas aos polos agrícolas. Isso gera maior demanda por moradias, escritórios e empreendimentos comerciais. Por fim, o crescimento do agronegócio amplia a circulação de renda no estado, aumentando o poder de compra da população e incentivando investimentos em construção residencial, comercial e industrial.

O agronegócio goiano tem crescido rapidamente. Esse crescimento exige novas estruturas logísticas, como armazéns e centros de distribuição. Como a TOP Construtora e Incorporadora tem atendido essa demanda?

A TOP Construtora e Incorporadora sempre atuou em regiões ligadas direta e indiretamente ao agronegócio, tanto no segmento imobiliário quanto no segmento de construção civil. Nesse sentido, a empresa tem uma carteira de clientes e um portfólio de projetos relevantes, construídos por meio de relações de confiança e com a entrega de empreendimentos de alta qualidade construtiva. Em Goiás, a empresa já atuou em diversas cidades, como Goiânia, Rio Verde, Jataí, Santa Helena de Goiás, Montividiu, Itumbiara, Catalão, entre outras. A empresa foca na agilidade e excelência de suas obras, respeitando prazos e mantendo um relacionamento próximo com os clientes. Com expertise na construção de projetos de médio e grande porte, a TOP Construtora tem contribuído para o desenvolvimento de soluções que atendem às necessidades do agronegócio goiano. Cada projeto leva em consideração a logística do transporte e a otimização dos fluxos operacionais. Para garantir eficiência e durabilidade, a empresa investe em tecnologias construtivas modernas, como estruturas metálicas de alto desempenho e materiais sustentáveis, reduzindo custos operacionais e prazos de entrega. Além disso, a adoção de metodologias ágeis permite que obras sejam concluídas rapidamente, sem comprometer a qualidade. A empresa tem buscado cada vez mais estar próxima a grandes empresas do setor do agronegócio, contribuindo para a expansão desse segmento em Goiás. Com a crescente demanda por espaços de armazenamento e distribuição, a TOP Construtora tem focado seus esforços em impulsionar o desenvolvimento econômico da região, atendendo desde médios produtores até multinacionais.

Quais são as principais expectativas para a construção civil nos próximos anos em relação ao agro?

Nos próximos anos, a construção civil para o agronegócio deve manter um ritmo acelerado, impulsionada pelo crescimento da produção agrícola e pela modernização da infraestrutura logística. Algumas tendências incluem:

• Expansão da infraestrutura logística: Construção de novos armazéns, silos e centros de distribuição modernos, além de melhorias em rodovias e ferrovias.
• Expansão urbana em cidades do interior: O crescimento do agronegócio impulsionará novos empreendimentos imobiliários e comerciais em regiões estratégicas como Rio Verde, Jataí e Catalão.
• Aumento na geração de empregos e demanda por mão de obra qualificada: Maior necessidade de profissionais capacitados na construção civil e no setor agroindustrial.

Diante desse cenário, a construção civil seguirá como um pilar fundamental para sustentar o crescimento do agronegócio, garantindo infraestrutura moderna e eficiente.

⁠Como a parceria entre iniciativa privada e setor público pode acelerar as melhorias na infraestrutura rural?

A parceria entre a iniciativa privada e o setor público é essencial para acelerar as melhorias na infraestrutura rural, garantindo o desenvolvimento sustentável do agronegócio e impulsionando a economia local.

Investimentos compartilhados em infraestrutura logística

Parcerias público-privadas (PPPs) podem viabilizar a pavimentação e manutenção de rodovias, construção de ferrovias e ampliação de portos secos, reduzindo custos logísticos para produtores e facilitando o escoamento da safra.

Incentivos para desenvolvimento regional

Governos podem criar programas de incentivo fiscal para atrair investimentos privados na construção de armazéns, centros de distribuição e polos agroindustriais, descentralizando o crescimento e fortalecendo municípios rurais.

Modernização do abastecimento de energia e água

A parceria entre setor público e empresas privadas pode acelerar projetos de eletrificação rural e ampliação do abastecimento de água, garantindo infraestrutura adequada para propriedades agrícolas e agroindústrias.

Capacitação e qualificação de mão de obra

Programas conjuntos podem fomentar a capacitação de trabalhadores da construção civil e do agronegócio, garantindo maior eficiência nas obras e preparando profissionais para operar estruturas modernas.

Agilidade na aprovação e execução de projetos

A colaboração entre setor público e privado pode reduzir burocracias e acelerar licenciamentos ambientais e urbanísticos, facilitando a implementação de novos empreendimentos rurais e garantindo infraestrutura de qualidade em menos tempo.

Com essas estratégias, a união entre governo e iniciativa privada pode transformar o setor rural, tornando-o mais produtivo, eficiente e preparado para os desafios do futuro.