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Efeitos da Reforma Tributária no Setor Imobiliário

Os impactos da Reforma Tributária para o Setor Imobiliário são preocupantes, embora o discurso do Governo tenha sido no sentido de simplificar e facilitar a apuração tributária no país, o que se vê é um aumento significativo da já elevada carga tributária para alguns setores da economia.

A proposta de reforma tributária foi aprovada em julho de 2024 pela Câmara dos Deputados e neste momento estão em trâmite no Congresso Nacional as PLP´s (Projetos de Lei Complementares) de números 68 e 108, que visam detalhar as bases de cálculo e normatizar a apuração dos tributos que entrarão em vigor no Brasil a partir de 2026.

Esta reforma tributária está tirando o sono do empresariado do mercado imobiliário, pois dentre as medidas apresentadas, destaca-se o aumento significativo na alíquota do imposto sobre empresas que vendem imóveis.

Primeiramente é importante destacar que a reforma tributária impactará exclusivamente as receitas sobre o consumo, não impactando os ganhos com renda e patrimônio, os quais o Governo pretende fazer mudanças em outros projetos de lei a partir de 2025.

Atualmente temos no Brasil cinco diferentes tributos sobre o consumo, o ICMS que é de origem Estadual, o ISSQN, que é de origem Municipal e o IPI, PIS e COFINS, que são de origem Federal. O objetivo da reforma tributária foi o de unificação desses cinco tributos em um único, denominado IVA (Impostos sobre o Valor Agregado), com o objetivo de terminar desta maneira com a guerra fiscal entre Estados e Municípios.

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Neste artigo, pretendo destacar os principais pontos desses impactos no setor imobiliário, a saber:

Fim da Cumulatividade

Atualmente o setor imobiliário paga imposto cumulativo, ou seja, a apuração do PIS, COFINS e RET é realizada exclusivamente sobre o valor de venda dos imóveis, desconsiderando o valor dos custos incorridos. A partir da reforma tributária, o conceito de cumulatividade no Brasil está sendo extinto, desta maneira, teremos que apurar o débito de IVA sobre a venda, e o crédito sobre os custos diretamente ligados a produção (terreno, projetos, mão de obra contratada de terceiros e materiais aplicados).

Extinção do PIS e COFINS e inclusão do IVA

Não haverá mais o pagamento de PIS e COFINS para quem é optante pelo lucro presumido, hoje de 0,65% e 3%, respectivamente, sendo estes tributos substituídos pelo IVA, com alíquota prevista de 26,5% (isso mesmo! 26,5%).

Importante destacar que quem é optante pelo RET, manterá o pagamento do tributo, com uma alíquota diferente, de 1,9%, entretanto, deverá efetivar a apuração e pagamento do IVA, assim como ocorrerá com os optantes pelo Lucro Presumido.

Fator de redução da alíquota do IVA para o Setor Imobiliário

No Projeto de Lei há previsão de redução da alíquota para o Setor Imobiliário na ordem de 40%, portanto, a alíquota final ficará em 15,9%, ainda muito alta, impactando de forma relevante o preço final dos imóveis no Brasil.

Redutor Social

O Governo criou o Redutor Social para venda de imóveis, onde na apuração do débito do IVA, para venda de unidades imobiliárias construídas, a redução por venda será de 100 mil reais, e para venda de lotes, o valor do redutor social será de 30 mil reais. O objetivo é que as vendas de imóveis mais baratos possam ter menor tributação e assim, menor impacto para o consumidor final de baixa renda.

Para que tenhamos uma noção exata do impacto da reforma tributária no setor imobiliário, abaixo elencamos um exemplo prático, com a venda de um imóvel de 1 milhão de reais, com custo de construção de 500 mil reais. Veja abaixo como são calculados os tributos atualmente pelo RET e pelo Lucro Presumido:

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Agora vejamos o mesmo exemplo, tanto no RET como no Lucro Presumido, com as medidas adotadas pelo Governo na reforma tributária:

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Como pode ser visto no exemplo acima, além dos impactos para o setor imobiliário serem nefastos em relação ao aumento significativo do percentual de impostos, a forma de apuração, controle e despesas administrativas vão ser muito maiores, pois na forma atual, há muito simplificação para a apuração tributária do setor, e no novo modelo, a dificuldade e detalhamento será muito maior, exigindo mudanças nos sistemas operacionais, sistemas de gestão, controles internos e governança.

Para efeito de análise, os impactos em várias faixas de preços de vendas de imóveis, os custos tributários ficariam da seguinte forma (para empresas optantes pelo RET):

  • Para um imóvel de até R$ 240 mil, a tributação passaria de 4% para 7,1%.
  • Para um imóvel de R$ 500 mil, o aumento seria de 4% para 7,6%.
  • Para imóveis de R$ 1 milhão, a carga tributária iria de 4% para 8,3%.
  • Para imóveis de R$ 2 milhões, de 4% para 11,2%.

Teremos aumento médio de mais de 100% dos tributos pagos atualmente, isso precisa ser revisto pelo Governo Federal, o setor imobiliário é muito importante e significativo para a economia nacional, e no final haverá repasse desse aumento no preço dos imóveis, prejudicando o consumidor final, principalmente aquele que tem menos salários, que verá ainda mais distante o sonho da casa própria.

Sobre a forma de transição do regramento atual para o novo formato da reforma tributário, destacamos que não haverão impactos no ano de 2025, ainda permanecendo vigentes neste ano as regras atuais, sendo os prazos de alteração os seguintes:

  • 2026: início da cobrança da CBS e do IBS em 2026, com alíquota de teste de 0,9% para a CBS e 0,1% para o IBS;
  • 2027: extinção do PIS/Cofins e elevação da CBS para alíquota de referência (a ser definida posteriormente pelo Ministério da Fazenda);
  • 2027: redução a zero da alíquota de IPI, exceto para itens produzidos na Zona Franca de Manaus e inclusão do IS – Imposto Seletivo;
  • 2029 a 2032: extinção gradual do ICMS e do ISS;
  • 2033: vigência integral do novo sistema e extinção dos tributos e da legislação antigos.

Importante destacar que este artigo foi elaborado com base no projeto de lei que está em trâmite no Senado Federal, e muita coisa pode ser alterada, pois ainda há esperanças de que ocorram alterações para o setor imobiliário, uma vez que muitas entidades organizadas estão pleiteando diminuição de carga tributária e esclarecimentos de pontos relevantes na redação final do projeto de lei, que embora tenha passado pela Câmara dos Deputados, ainda está em análise no Senado. Os principais pleitos do setor são:

  1. Redução de 60% da Alíquota do IVA para entidades imobiliárias (hoje está em 40%);
  2. Redução de 80% da Alíquota do IVA para locação (hoje está em 60%);
  3. Inclusão de regras no Regime de Transição para preservar o equilíbrio financeiro de empreendimentos e contratos já firmados;
  4. Outras reduções da base de cálculo para evitar aumento significativo da carga tributária de locações;
  5. Estabelecer regras claras para pessoas físicas na venda de locação de imóveis;
  6. Garantir o regime de caixa para venda de imóveis e locação;
  7. Alterar as normas que possibilitem a antecipação da cobrança do ITBI.

Agora é torcer para que o setor consiga estas mudança necessárias para que o impacto tributário não seja tão relevante como está no plano atual do Governo.

Rodney GuardiaRodney Guardia
É sócio do Grupo Mapah, graduado em Ciências Contábeis com ênfase em Auditoria, e pós-graduado em Auditoria e Perícia, possui 27 anos de experiência na área de consultoria e tributos.

 

 

ENTREVISTA - Cenário econômico para a construção civil em 2025

Em um cenário marcado por transformações econômicas e desafios globais, o setor da construção civil caminha para 2025 com expectativas de retomada gradual e necessidade de adaptação a um ambiente dinâmico. Para explorar as perspectivas do próximo ano, conversamos com Cláudio Henrique de Oliveira, economista e Assessor Econômico da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), que analisa os fatores promissores, os maiores desafios e as oportunidades geradas por este cenário. “Embora o setor da construção civil enfrente desafios significativos em 2025, como restrições de crédito e preços de insumos, ele também encontra oportunidades na inovação, sustentabilidade e políticas públicas focadas em infraestrutura. A adaptação das empresas às mudanças econômicas será crucial para aproveitar as tendências e mitigar os impactos negativos”, assinala.

SindusCon Goiás encerra o 17º Ciclo da Comunidade da Construção com almoço de confraternização

SindusCon Goiás encerra o 17º Ciclo da Comunidade da Construção com almoço de confraternização

O SindusCon Goiás promoveu, na última semana, o Almoço de Confraternização e Encerramento do 17º Ciclo de Ações da Comunidade da Construção, em parceria com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e a Coordenação Técnica da Comunidade da Construção de Goiás (CCGO/UFG). O evento foi uma oportunidade para celebrar os resultados obtidos em 2024 e reafirmar o compromisso com a inovação, a industrialização e o desenvolvimento sustentável na construção civil.

Palestras que marcaram o encerramento

O evento contou com apresentações de especialistas renomados:

  • Oswaldo Cascudo, Doutor pela EECA/UFG e Coordenador Técnico da CCGO, apresentou os resultados do 17º Ciclo da CCGO (2024), destacando os avanços alcançados.
  • Iria Lícia Oliva Doniak, Presidente Executiva da ABCIC, abordou o tema “Construção Industrializada”, trazendo insights sobre como essa metodologia pode transformar a produtividade e a sustentabilidade do setor.

Representantes do SindusCon Goiás

A diretoria do SindusCon Goiás esteve presente em peso, reforçando seu compromisso com o avanço do setor. Entre os líderes e conselheiros que participaram do evento, destacam-se:

Diretoria Executiva e Titular:

  • Hidebrair Freitas, Presidente do SindusCon Goiás;
  • Cezar Mortari, 1º Vice-presidente do SindusCon Goiás;
  • Sarkis Nabi Curi, Diretor Titular da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (COMAT);
  • Carolina França Lacerda, Diretora Titular de Comunicação Social;
  • José Rodrigues Peixoto Neto, Diretor Titular Financeiro e Patrimonial;
  • Camila Abagail de Almeida Salvador Storti, Diretora Titular da Câmara Especializada de ESG – Environmental, Social and Governance;
  • Marco Antônio Jorge da Cunha, Diretor Titular da Câmara Especializada de Projetos, Consultoria e Gerenciamento de Obras.

Conselho Consultivo e Suplências:

  • Marcelo Ferreira de Souza, Conselheiro Consultivo;
  • Eduardo Bilemjian Filho, Conselheiro Consultivo;
  • José Rodrigues Peixoto Neto, também atuando como Conselheiro Consultivo;
  • Rafael Fleury Cardim, Diretor Suplente da Câmara Especializada de Relações com o Sistema de Ensino e Capacitação.

Um compromisso renovado

O encerramento do 17º Ciclo da Comunidade da Construção reforça o papel do SindusCon Goiás como referência em inovação tecnológica, desenvolvimento sustentável e promoção da industrialização no setor da construção civil.

A entidade permanece empenhada em fomentar a troca de conhecimentos e apoiar ações que promovam um impacto positivo no mercado e na sociedade, contribuindo para o crescimento sustentável da construção civil em Goiás.

 

 

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Sinduscon Goiás marca presença na Semana da Engenharia

 

SindusCon Goiás tem participação destacada na Semana da Engenharia

O SindusCon Goiás marcou presença na Semana da Engenharia, evento promovido pelo Clube de Engenharia do Estado de Goiás, que ocorreu na última semana. Representado pelo 1º Vice-presidente, Cezar Mortari, o SindusCon reforçou seu papel de liderança no setor da construção civil ao participar de um encontro que destacou a engenharia como alicerce estratégico para o desenvolvimento econômico e social do estado.

A Semana da Engenharia é um evento anual que reúne profissionais, estudantes e lideranças da área para debater tendências, desafios e inovações no setor. Este ano, a programação foi especialmente voltada à industrialização da construção, tema essencial para o avanço da engenharia e o fortalecimento da economia.

Engenharia como motor da economia

Durante sua participação, Cezar Mortari ressaltou a relevância do setor da construção civil, destacando sua contribuição para o crescimento econômico e a geração de empregos. Ele enfatizou que a área é uma das que oferecem as melhores oportunidades de inserção no mercado de trabalho, com remunerações iniciais competitivas.

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“O setor da construção lidera a criação de oportunidades no mercado de trabalho, sendo uma das áreas com melhor remuneração inicial. Além disso, a industrialização da construção é o caminho para o futuro, pois proporciona maior eficiência e inovação ao setor”, pontuou Mortari.

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Palestra magna e presenças ilustres

A abertura do evento contou com a palestra magna de André Rocha, Vice-presidente da FIEG, que abordou o tema "O Futuro da Engenharia com a Industrialização". O evento reuniu diversas autoridades e lideranças importantes, como:

  • Victor Resende – Presidente interino do Clube de Engenharia;
  • Tatiana Jucá – Diretora Geral da Mútua Goiás;
  • Max Coelho – Presidente da ACIAG;
  • Sarkis Nabi Curi – Presidente da CIC/FIEG e da COMAT/SindusCon Goiás;
  • Francisco de Almeida – Presidente eleito da Confaeab;
  • Victor Martins – Representante do deputado estadual Wagner Neto;
  • Eduardo Bilemjian Filho – Conselheiro Consultivo do SindusCon;
  • Sanches da Federal – Vereador eleito por Goiânia.

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Compromisso com a engenharia e o futuro

Durante o evento, o SindusCon Goiás reafirmou seu compromisso em colaborar com ações que promovam o desenvolvimento sustentável, a inovação e a valorização dos profissionais do setor.

“A participação em eventos como este é essencial para discutirmos o futuro da engenharia e reforçarmos a importância da união entre as entidades e os profissionais para enfrentarmos os desafios e aproveitarmos as oportunidades que se apresentam”, destacou Cezar Mortari.

O SindusCon Goiás continuará engajado em iniciativas que fortaleçam a engenharia e a construção civil, promovendo o progresso econômico e social em Goiás e no Brasil.

Assessoria de Comunicação – SindusCon Goiás

Normas da ABNT de outubro e novembro: Acesse o Boletim de Normas Técnicas

Normas da ABNT de outubro e novembro: Acesse o Boletim de Normas Técnicas

As normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em Consulta Nacional, publicadas e canceladas no período de outubro e novembro de 2024, estão disponíveis no Boletim de Normas Técnicas, elaborado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Essas informações essenciais para o setor da construção civil estão atualizadas no Portal CBIC de Normas Técnicas da Construção, onde você pode consultá-las e realizar um cadastro gratuito para acompanhar de perto todos os processos de normalização conduzidos pela ABNT.

Normas em Destaque

Consulta Nacional

  • ABNT/CEE-232 – ABNT NBR 16737-2: Telhas de policloreto de vinila (PVC) para telhado – Telha tipo colonial – Padronização e requisitos específicos (02/12/2024).
  • ABNT/CB-002 – ABNT NBR 8681: Ações e segurança nas estruturas – Procedimento (05/12/2024).
  • ABNT/CB-002 – ABNT NBR 9077: Projeto de saídas de emergência (09/12/2024).
  • ABNT/CB-002 – ABNT NBR 17196: Projeto de estruturas de concreto armado com barras de polímero reforçado com fibras (FRP) (09/12/2024).
  • ABNT/CEE-193 – ABNT NBR 17201-1: Barras de polímero reforçado com fibras (FRP) destinadas a armaduras para estruturas de concreto armado – Requisitos (09/12/2024).

Normas Publicadas

  • ABNT/CB-002 – ABNT NBR 8800: Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edificações (02/10/2024).
  • ABNT/CB-002 – ABNT NBR 13752: Perícias de engenharia na construção civil (22/10/2024).
  • ABNT/CB-002 – ABNT NBR 15200: (Errata) Projeto de estrutura de concreto em situação de incêndio (24/10/2024).

Projeto em Destaque

O tema das normas técnicas está diretamente relacionado ao projeto "Inteligência e Estratégia para o Futuro da Construção", desenvolvido pela Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (COMAT) da CBIC, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

Para mais informações, acesse o portal da CBIC de Normas Técnicas e confira as novidades!

Fonte: Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

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